Mєninα mulhєr

Eu por mim mesma: bitolada, cismada, ansiosa, estabanada, curiosa, sensível, emotiva, chorona, sarcástica, briguenta, implicante, marrenta, pretensiosa ... Sou instável, ás vezes mal humorada, outras vezes palhaça, estressada, neurótica, maníaca, paranóica, determinada, blá blá blá... Não sou do tipo boa garota e educadinha,na verdade sou complicada e imperfeitinha rs


"- Só sei que nós nos amamos muito...
- Porque você está usando o verbo no presente? Você ainda me ama?
- Não, eu falei no passado!
- Curioso né? É a mesma conjugação.
- Que língua doida! Quer dizer que NÓS estamos condenados a amar para sempre?
- E não é o que acontece? Digo, nosso amor nunca acaba, o que acaba são as relações...
- Pensar assim me assusta.
- Porque? Você acha isso ruim?
- É que nessas coisas de amor eu sempre doo demais...
- Você usou o verbo 'doer' ou 'doar'?
- [Pausa] Pois é, também dá no mesmo..."


Eu tenho medo da lucidez. Sempre desprezei as coisas mornas, as coisas que não provocam ódio nem paixão, as coisas definidas como mais ou menos. Tudo perda de tempo. Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, se acaso, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia. As coisas muito boas e as coisas muito ruins exigem explicação. Coisas mais ou menos estão explicadas por si mesmas. Sou quase oriental... sou latina muito raramente. Mas tudo mudou, ando tão mexicana por dentro, quase histérica. Talvez lembre de mim como uma mulher vivida, descolada, que lida bem com relações descartáveis, logo eu que odeio copos de plásticos, canudinhos, tudo que não dure. Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora. Não consigo gostar mais ou menos das pessoas, e não quero essa condescendência comigo também. Sexo deveria se como uma chuveirada. Uma gargalhada. Não gosto da vida em banho-maria, gosto de fogo, pimenta, alho, ervas, por um triz não sou uma bruxa. Não gosto que me peçam para ser boa, não me peçam nada, mesmo aquilo que eu posso dar. As relações de dependência me assustam. Não precisem de mim com hora marcada e por motivo concreto, precisem de mim a todo instante, a qualquer hora, sei ouvir o chamado silencioso da amizade verdadeira, do amor que não cobra, estarei lá sem que me vejam, sem que me percebam, sem que me avaliem. Eu me exijo desumanamente. Tenho impressão de que se eu não tiver uma vida bem argumentada ela vai se esfarelar em minhas mãos. Sou garimpeira, quero sempre cavoucar a razão de tudo, não consigo dar dois passos sem rumo determinado.




"Não me peça pra escolher o hipoteticamente certo. Apesar de parecer uma moça serena e bem ajustada, aqui dentro mora uma doida varrida que sempre se apraz pelo embaraço.

É que o previsível, praticamente, já nasce morto na minha cabeça, e apesar de ainda lascar o couro com essa tendência compulsiva ao risco, morrer de amor e renascer, é o que faz de mim uma mulher sem medo.

O problema é que o linear não me move. A força motriz do meu dia-a-dia é justamente a convicção de sempre chegar ao ponto que traço, à revelia de todas as dificuldades.

Se quer saber da verdade, eu sou uma viciada em desafios. Uma garota insana que precisa da energia desordenada das grandes paixões pra se sentir viva. E se não for um roteiro bem entrelaçado, aviso de antemão, que papeis apáticos não me cabem.

Prefiro derrubar os obstáculos que nunca são tão indissolúveis assim. Prefiro mover as montanhas que também não são impossíveis. Prefiro dobrar o diabo que nem é tão feio como pintam o pobre bichinho.

Não é a minha cara viver o marasmo. Eu agradeço muito as doses homeopáticas que você trouxe gentilmente em sua sacola, mas eu fico aqui com os meus grandes goles de vida.

Confesso que sou rainha na arte do disfarce e é por isso que os mais bobos me veem como a Senhora Equilibrada. No entanto, é só olhar mais de perto, meu caro: há muito mais em mim de doida do que de sã."

- If you suffer, think everything over, that no one is on your side, that the world is upside down .. what do you think? I think about change to hide the true evil is within us, to be afraid that being that I know I can deal with many things.. I'm not afraid of change, is a new beginning, an early stopping.. a start to learn new things.. start a new life! Follow my advice, and never be afraid.




Neste mundo de disfarces e máscaras, o mais puro torna-se confuso e fica difícil distinguir o real do trivial, o banal do essencial. Às vezes uma zanga é mais honesta que um sorriso disfarçado de mentira, uma palavra dura é mais sincera que um carinho fictício que se dissolve na rotina da vida. Às vezes não damos valor a honestidade das pessoas que ainda mantêm a verdade, nos deixamos levar pelos que dizem os outros, fica mais fácil de acreditar nas pessoas com disfarces. E no fim, quando já ninguém tiver um disfarce, quando apenas fique sua vontade de amar, talvez você se veja sozinho, repousando os dias de sua vida em que encontrou o amor e o deixou passar, em que encontrou a lealdade e não soube valorizar, porque era mas simples flutuar que arriscar de verdade, que se entregar até o final. Não deixe que enganem você, observe com muita atenção depois de simplesmente olhar.

Marrentinha...

Impaciente, explosiva, intensa, mimada, sentimental...

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