Às vezes me lembro dele. Sem rancor, sem saudade, sem tristeza. Sem nenhum sentimento especial a não ser a certeza de que, afinal, o tempo passou. Nunca mais o vi, depois que foi embora. Nunca nos escrevemos. Não havia mesmo o que dizer. Ou havia? Ah, como não sei responder as minhas próprias perguntas! É possível que, no fundo, sempre restem algumas coisas para serem ditas. É possível também que o afastamento total só aconteça quando não mais restam essas coisas e a gente continua a buscar, a investigar — e principalmente a fingir. Fingir que encontra. Acho que, se tornasse a vê-lo, custaria a reconhecê-lo.
3 comentários:
O pior é a falta
Nunca se sabe quando ela volta...
Florzinha...
Que palavras hein. Acho que sempre fica alguma coisa pra falar sim. EU pelo menos sempre tenho. Mas prefiro manter distãncia de certas pessoas e deixar pra lá o que ficou a dizer.
Beijos...
Lindo o que escreveu... tenho recordações parecidas... bjsss
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